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Concreto substitui o aço em grandes vãos de cobertura

19/10/2017

Vigas de concreto protendido para coberturas industriais: tecnologia permite que substituam o aço para atender grandes vãos

O emprego da tecnologia do concreto na construção industrializada já permite produzir elementos estruturais, como vigas de cobertura, capazes de atender vãos de até 30 metros. Para o engenheiro civil Nivaldo de Loyola Richter, da BPM Pré-Moldados, isso se deve à evolução das características de resistência e às novas possibilidades de moldagem do concreto de alto desempenho. “O desenvolvimento do concreto permite que o material seja matéria-prima para elementos estruturais que até pouco tempo estavam restritos a peças em aço”, destaca.

A aplicação de elementos protendidos como solução para sistemas de cobertura de grandes áreas tem se revelado também uma vantagem técnica e econômica, principalmente para layouts de prédios industriais e comerciais. “A possibilidade de dispor de áreas com modulação de 25×20 m, com utilização de vigas de transição de 20 metros, podendo chegar até uma modulação de 30×24 m, torna possível o atendimento da maioria das necessidades exigidas para edificações industriais e comerciais, ou seja, é possível cobrir áreas com até 720 m2 com a presença de apenas um pilar”, assegura Nivaldo de Loyola Richter.

Além de mais econômica que as estruturas metálicas, o uso de peças de concreto pré-moldado para a cobertura de grandes vãos também torna as construções mais resistentes a meios agressivos. A razão, segundo explica o sócio-fundador da BPM Pré-Moldados, está na tecnologia empregada na fabricação dos elementos. “Como são todos protendidos, não existe risco de fissuração, pois estão sempre comprimidos”, relata Nivaldo Richter.

Entre esses elementos, destacam-se as terças tubulares protendidas, com seção simétrica nos dois eixos transversais, as quais passam por rigoroso controle das características e de deformação do concreto. “A constante busca de melhoria em novas tecnologias, tanto de projetos quanto de processos de industrialização, possibilita à BPM dispor destes produtos diferenciados no mercado”, destaca o engenheiro civil.

Nivaldo Richter reforça ainda que, além do emprego da tecnologia, é preciso manter o foco na segurança, na durabilidade e no respeito às normas técnicas. “Optar por soluções que não sigam esses três pilares pode até aparentar vantagem inicial, porém a análise de custo-benefício, quando realizada com critério, mostra que essa é uma escolha errada, pois o custo-benefício precisa avaliar a economia e as vantagens geradas ao longo do tempo”, frisa o engenheiro, que costuma transmitir seus mais de 30 anos de experiência em palestras onde aborda a evolução das estruturas de concreto.

Crédito: Cimento Itambé