Resultados Preliminares

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Resultados Preliminares de Janeiro 2025

Janeiro 2025

A indústria do cimento registrou um início de ano com desempenho de vendas favorável. A comercialização do insumo no País em janeiro totalizou 5,2 milhões de toneladas, um crescimento de 5,3% em relação ao mesmo mês de 2024 e uma alta de 10% frente a dezembro último, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC).

Por dia útil, que considera o número de dias trabalhados e tem forte influência no consumo, a comercialização de cimento foi de 215,6 mil toneladas no mês de janeiro e que representa uma evolução de 5,4%, comparado ao mesmo mês do ano anterior e queda de 1,1% em relação a dezembro de 2024.

O resultado é atribuído ao contínuo aquecimento do mercado de trabalho e renda da população, com a massa salarial em alta, desemprego em nível baixo e recorde em carteiras assinadas.

Além disso, o mercado imobiliário, importante indutor no consumo de cimento, registrou crescimento no financiamento em 20241, ainda que mudanças em linha de crédito habitacional vêm sendo negativamente realizadas.

Verifica-se forte movimentação de vendas e lançamentos, puxado pelas obras do Minha Casa, Minha Vida, que permanecem em expansão. A comercialização de materiais de construção2 também seguiu em alta no ano passado.

No entanto, apesar da demanda aquecida da construção civil, o setor começa a sentir os impactos da pressão inflacionária, do custo de mão de obra, da continuidade do aumento da taxa de juros (13,25%) e do endividamento e inadimplência elevados, que exercem pressão na situação financeira e no consumo das famílias, contribuindo, inclusive, para a queda na confiança do consumidor3 no mês de janeiro. Este índice registrou o menor nível desde fevereiro de 2023, refletindo uma maior preocupação com o momento atual e com as expectativas futuras, em todas as classes de renda, principalmente as mais elevadas.

Na construção4 e indústria5, a confiança também piorou. O ambiente econômico com a Selic em elevação (com probabilidade de atingir 15% até dezembro) e câmbio desvalorizado já representa um desafio para as empresas.

As incertezas fiscais do País somadas à trajetória de alta de Selic anunciada pelo Banco Central, tornam as perspectivas do setor para o ano mais conservadoras.

Ainda assim, a indústria do cimento segue otimista com a possibilidade de elevar a presença do cimento e do pavimento de concreto como opção nas licitações de ruas, estradas e rodovias. Fatores como esses levam a uma projeção de crescimento de consumo do produto estimada em 1% para este ano, o que representa um acréscimo de 650 mil de toneladas de cimento, atingindo um total anual de 65,5 milhões.

Na perspectiva da sustentabilidade, o ano de 2025 traz desafios importantes para o setor produtivo como a regulamentação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões – Mercado de Carbono, bem como a definição de metas de descarbonização setoriais no âmbito do Plano Clima, quando se avizinha a COP30.

“A expectativa para 2025 é positiva, o mercado imobiliário ainda seguirá como importante indutor do consumo do cimento, impulsionado pelo programa Minha Casa, Minha Vida. Na agenda da infraestrutura é esperado um melhor desempenho do PAC e o crescente uso do pavimento de concreto para a recuperação das vias, que possibilitará o adequado e eficiente escoamento da safra recorde no País. No radar do setor também estão as concessões de saneamento que devem ser efetivadas em 2025 e gerarão demanda no médio prazo, dois ou três anos do início dos contratos, quando as construções de estações de tratamento de água e esgoto, de fato, começam.” Paulo Camillo Penna – Presidente do SNIC

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