Resultados Preliminares

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Resultados Preliminares de Agosto 2025

Agosto 2025

As vendas de cimento em agosto apresentaram queda totalizando, 6,0 milhões de toneladas, um recuo de 2,5% em relação ao mesmo mês de 2024. No entanto, no acumulado do ano (janeiro a agosto), os números permanecem em alta, alcançando 44,2 milhões de toneladas, um crescimento de 2,8% comparado ao mesmo período do ano passado.

Ao se analisar o despacho do insumo por dia útil nota-se um aumento de 1,6% sobre o mesmo mês do ano anterior, ou seja, comercialização de 255,3 mil toneladas por dia em agosto de 2025.

Apesar do mercado de trabalho ter apresentado recordes no número de empregos formais e aumento da massa salarial, o endividamento da população continua em nível elevado - 48,73%, próximo do recorde histórico de 49,88% registrado em julho de 2022.

Diante desse cenário de incertezas, a confiança do consumidor1 voltou a recuar em agosto influenciada pelo quadro de cautela e preocupação com o futuro.

A taxa de juros em patamares elevados de 15% continua a impactar o número de unidades financiadas, com queda de 60,8% no acumulado até junho, comparado com a mesma base em 2024.

O mercado imobiliário, importante indutor do consumo do cimento, apresentou queda de 6,8% dos lançamentos no segundo trimestre de 2025 em relação ao ano anterior. Houve ainda uma reversão de tendência na performance do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) no último trimestre. Os lançamentos do MCMV caíram 15,5% na mesma base de comparação, reduzindo sua participação no total do mercado imobiliário.

A piora na expectativa para os próximos meses também foi sentida na construção, que registrou queda no indicador da confiança2 para o menor nível desde maio de 2021. A escassez de mão de obra e o acesso ao crédito permanecem como as principais limitações atuais dos negócios.

Na indústria a queda do indicador de confiança3 ao menor patamar desde a pandemia reforça a tendência de insegurança entre os empresários. A combinação entre a contração da política monetária e o aumento da incerteza, intensificada pelas novas taxações americanas sobre produtos brasileiros, configura um cenário desafiador para o setor frente a eventuais reflexos negativos a economia, afetando o consumo de cimento.

Ainda assim, o setor cimenteiro segue otimista com a sazonalidade nas vendas do produto que tem, historicamente, um melhor desempenho no segundo semestre.

“A meta estabelecida pelo governo federal para o programa Minha Casa, Minha Vida de atingir 2 milhões de moradias de 2023 a 2026, possibilitará um consumo de 10 milhões de toneladas de cimento no período. Os sistemas construtivos em alvenaria estrutural e parede de concreto têm avançado em todo o País, devido à economia, agilidade, competitividade e ao trabalho que a indústria brasileira do cimento tem feito de engajamento e capacitação dos profissionais nas empresas da construção civil” Paulo Camillo Penna – Presidente do SNIC

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