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Venda formiguinha é a aposta da construção em 2018

10/04/2018

Estudo do banco Santander sobre as perspectivas da cadeia produtiva da construção civil para 2018 mostra que a venda formiguinha – aquela que abastece pequenas obras e reformas – será o carro-chefe para 2018. Entre 2015 e 2016, o segmento de venda no varejo teve recuo de 12,5%. Em 2017, caiu 3,3%. Porém, segundo o relatório do banco, crescerá 8% em 2018. A projeção engloba as vendas de cimento e artefatos.

O relatório do Santander estima que a inflação comportada e a tendência de queda de juros para 2018 serão estímulos à venda formiguinha. “A produção industrial do setor se recupera pela venda de materiais de construção para reforma e reparos e, em menor magnitude, os lançamentos imobiliários. Este é o último setor industrial a mostrar uma recuperação, mas que também ganha impulso com os sinais positivos da economia”, afirma o economista do banco, Rodolfo Morgado.

O foco do Santander em material de construção tem um propósito. A instituição financeira espera aumentar as concessões de crédito imobiliário em 2018. A expectativa é emprestar R$ 1 bilhão por mês, a partir do segundo semestre.

Venda de materiais de construção deve crescer 8,5%

O novo posicionamento de bancos privados com relação ao crédito imobiliário faz a Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção) estimar que o faturamento do setor crescerá 8,5% este ano, em relação a 2017. “Com os resultados dos últimos 12 meses, esperamos que 2018 seja um ano de retomada e estamos prevendo um crescimento de 8,5% sobre 2017, influenciados pela redução das taxas de juros e da inflação”, prevê o presidente da Anamaco, Cláudio Conz.

O dirigente concorda com a projeção do Santander, de que a venda formiguinha será condutor do crescimento do setor em 2018. “As mais de 64 milhões de moradias existentes no Brasil se deterioram pela ação da chuva e do tempo, gerando uma demanda natural por material de construção. Fora isso, o número de casamentos, de nascimentos e de divórcios impacta diretamente o setor de reformas. Afinal, quem casa quer casa, quem tem filhos precisa adequar a casa e quem separa também precisa de casa para morar. O consumidor está mais confiante e os números mostram que há uma retomada de obras”, finaliza.